Você
já deve ter ouvido falar sobre lixo eletrônico e deve ter se perguntado por que
um simples aparelho eletrônico pode causar tantos problemas, a resposta e
simples os aparelhos eletrônicos possui uma grande quantidade de substâncias químicas,
que provocam a contaminação do solo e da agua.
Lixo
eletrônico é todo resíduo produzido pelo descarte de equipamento eletrônico,
esse tipo de lixo tem se tornado um grande problema ambiental, pois possuem varias
substancias química que emitem radiação e quando são descartadas em locais inapropriados
podem contaminar o solo a agua e até mesmo você .
Os principais contaminantes presentes nos
eletroeletrônicos são:
Arsênico:
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Metal venenoso que se apresenta como pó ou em forma de substâncias
solúveis. A exposição crônica ao Arsênico pode provocar várias doenças de
pele e diminuir a velocidade de transmissão dos impulsos nervosos. A
exposição continuada ao arsênico pode também causar câncer de pulmão e,
muitas vezes, ser fatal.
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Bário
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É um metal usado em velas de ignição, lâmpadas fluorescentes e "getters"
em tubos a vácuo. Sendo altamente instável na forma pura, ela forma óxidos
venenosos quando em contato com o ar. Curta exposição ao bário pode levar a
edema cerebral, fraqueza muscular, danos ao coração, fígado e baço. Os
efeitos em longo prazo a exposição crônica ao bário em seres humanos ainda
não são conhecidos devido à falta de dados sobre seus efeitos.
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Berílio
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Foi recentemente classificado como carcinógeno humano, porque a
exposição a ele pode causar câncer de pulmão. A preocupação primária de saúde
é quanto à inalação de poeiras de Berílio, fumaça ou névoa. Os trabalhadores
que estão constantemente expostos ao Berílio, mesmo em pequenas quantidades,
e que se tornam sensíveis a ele, podem desenvolver o que é conhecido como
doença crônica Berílio (beryllicosis), uma doença que afeta principalmente os
pulmões. A exposição ao Berílio também provoca uma doença de pele que é
caracterizada por problemas de cicatrização de feridas e surgimento de
verrugas. Estudos têm demonstrado que as pessoas podem continuar a
desenvolver doenças provocadas pelo Berílio, muitos anos após a última
exposição.
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BFR (Retardastes de Chama Bromados)
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Os 3
tipos principais de retardantes utilizados em aparelhos eletroeletrônicos são
o Polibromobifenilo (PBB), o Éter difenil polibromado (PBDE) e o
Tetrabromobisfenol - A (TBBPA). Retardantes de chama fazem materiais,
especialmente plásticos e têxteis, mais resistentes ao fogo. Eles são encontrados
em forma de pó e no ar através da migração e da evaporação a partir de
plásticos. A combustão de materiais halogenados e placas de circuito
impresso, mesmo a temperaturas baixas, liberam as emissões tóxicas, incluindo
as dioxinas, que pode levar a graves
distúrbios hormonais. Grandes fabricantes de produtos eletrônicos já
começaram a eliminar gradualmente retardadores de chama bromados por causa de
sua toxicidade.
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Cádmio
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Compostos de Cádmio podem ter graves impactos sobre os rins. O Cádmio
é adsorvido pela respiração, mas também com os alimentos. Devido à longa
meia-vida no corpo, o Cádmio, pode facilmente se acumular em quantidades que
causam sintomas de envenenamento. O Cádmio apresenta um risco de efeitos
cumulativos no ambiente devido à sua toxicidade aguda e crônica. A exposição
aguda à fumaça de Cádmio provoca sintomas de fraqueza, febre, dor de cabeça,
calafrios, sudorese e dor muscular. Os riscos primários à saúde pela
exposição a longo prazo são câncer de pulmão e nos rins. O Cádmio também pode
causar também enfisema pulmonar e doença óssea (osteomalacia e osteoporose).
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Cromo
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seus óxidos são amplamente utilizados devido à sua condutividade
elevada e propriedades anticorrosiva. Algumas formas de Cromo não são
tóxicas, outras como a de Cromo (VI) conhecida com Hexavalente, é facilmente
absorvido pelo corpo humano e pode produzir vários efeitos tóxicos no
interior das células. A maior parte dos compostos de Cromo (VI) irrita os
olhos, pele e mucosas. A exposição crônica aos compostos de Cromo (VI) pode
causar danos permanentes aos olhos, se não for devidamente tratada. O Cromo (VI)
pode também causar danos ao DNA.
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Dioxinas
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As Dioxinas e os Furanos são uma família de produtos químicos que
compreendem 75 diferentes tipos de compostos tipo Dioxinas e 135 compostos
relacionados com os Furanos. Dioxina é o nome genérico da família de
compostos compreendendo dibenzo-p-dioxinas (PCDD) e dibenzofuranos policlorados
(PCDFs). Dioxinas nunca foram intencionalmente fabricadas, mas se formam como
subprodutos indesejáveis durante a fabricação de substâncias como alguns
pesticidas, bem como durante a combustão. As Dioxinas são conhecidas por
serem altamente tóxicas para animais e seres humanos pois se acumulam no
corpo e podem levar a malformações do feto, diminuição da fecundidade e das
taxas de crescimento, além de causar doenças no sistema imunológico, entre
outras coisas. A Dioxina mais conhecido e mais tóxica é a 2, 3, 7, 8-tetracloro-p-dioxina
(TCDD).
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Chumbo
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É o metal mais amplamente utilizado nas indústrias, após ferro,
alumínio, cobre e zinco. É comumente empregado na indústria eletroeletrônica
em soldas, baterias de Chumbo-ácido, componentes eletrônicos, revestimento de
cabos, no funil dos CRTs, etc. A curta exposição a níveis elevados de Chumbo
pode causar vômitos, diarreia, convulsões, coma ou até mesmo a morte. Outros
sintomas são perda de apetite, dor abdominal, constipação, fadiga, insônia,
irritabilidade e dor de cabeça. Exposição excessiva continuada, como em um
ambiente industrial, pode afetar os rins. É particularmente perigoso para
crianças pequenas, pois podem danificar conexões nervosas e causar distúrbios
cerebrais.
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Mercúrio
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É um dos metais mais tóxicos que ainda é amplamente utilizado na
produção de equipamentos eletroeletrônicos. É um metal pesado tóxico que se
acumula no organismo causando danos cerebrais e no fígado, se ingerido ou
inalado. O mercúrio aparece altamente concentrado em algumas baterias,
interruptores, termostatos e lâmpadas fluorescentes.
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PVC (Cloreto de
polivinila)
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É o plástico mais utilizado em eletrônica e em aparelhos, utensílios
domésticos, tubos, entre outros. O PVC é perigoso porque contém até 56% de
Cloro que quando queimado, produz grandes quantidades do gás cloreto de
hidrogênio, que combinado com a água forma ácido clorídrico e é perigoso
porque quando inalado, levando a problemas respiratórios.
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Selênio
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A exposição a altas concentrações de compostos de Selênio causa
selenosis. Os principais sinais dessa doença são a perda de cabelo,
fragilidade das unhas, e alterações neurológicas (como dormência e outras
sensações estranhas nas extremidades dos membros).
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O que
fazer com o lixo eletrônico já que ele e tão perigoso?
Pergunta
difícil de responder já que o Brasil não tem uma
legislação específica para o lixo eletrônico em nível federal. Contudo, a
Lei 12305/2010 (Política Nacional de Resíduos Sólidos), prevê nos artigos 30 a
36 (Capítulo III, Seção II) a responsabilidade compartilhada de fabricantes, importadores,
distribuidores e vendedores na logística reversa para os seguintes produtos
pós-consumo: agrotóxicos, pilhas, baterias, pneus, óleos lubrificantes, lâmpadas
e produtos eletroeletrônicos. O Brasil ainda não tem um sistema de coleta (logística
reversa) e reciclagem. No entanto alguns estados se mobilizaram com essa lei e
organizaram normas regulamentadoras para tais resíduos.
Uma boa solução parcial para os descartes de
equipamentos eletroeletrônicos velhos e ultrapassados é a doação para fins de
inclusão digital, não é a solução para acabar de uma vez com o lixo eletrônico
já que mesmo sendo doados esses equipamentos uma hora vai virar lixo, mais
aumentara o tempo de vida útil dos equipamentos eletroeletrônico.
Uma coisa que nunca deve ser feito com esses
equipamentos considerados velhos e ultrapassados, é a incineração em locais
abertos, pois com a queima as substancias contaminadoras são espalhadas pelo ar
através da fuligem, além de contaminar o solo com as sobras da queima.
Agora antes de comprar um equipamento eletroeletrônico
novo pense em duas coisas, Eu Preciso e o que vou fazer com o meu equipamento
velho.
O Lixo Eletroeletrônico
QUÍMICA NOVA NA ESCOLA
Vol. 32, N° 4,
NOVEMBRO
http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=24490&sid=11